Primeiro deixem-me recordar que poucos dias antes do PR falar sobre o Estado da Nação na Assembleia da República, assistimos a queda (livre ou forçada não se sabe) de mais um Ministro da Agricultura. Os humanistas ou gente de bom coração se assim posso chamar, lamentam a queda do Ministro Muhate pois que ela indiscutivelmente terá efeitos nada agradáveis para Muhate como ser humano. Muhate ate pode ser hoje um homem revoltado com tudo o que lhe aconteceu. Chamado para salvar um Ministério complexo, acaba saindo como um vilão, pelo menos atendendo aos comentários sobre as suas nada famosas demissões. Há quem diga, quem com ferro mata, com ferro morre. Leis malditas da vida.
A demissão de Muhate em vésperas do discurso do PR criava automaticament uma certa expectativa quanto ao que o PR iria dizer sobre a agricultura. Sem surpriender, o discurso do PRcentrou-se fundamentalmente no sector da energia saúde, por duas razões óbvias. A reversão da HCB e o anunciado crescimento dos níveis de seroprevalencia do país. Sobre a agricultura, o PR pouco ou nada disse, aparte da já habitual vaga menção da Revolução Verde, cujo único feito ilustrado se traduz no plantio de árvores de fruta no âmbito do programa “uma fruteira, por aluno, por ano”. Caso para perguntar, sera que Muhate fugiu com a informação sobre o sector? Ou algum mal-estar gerou-se em torno da informação sobre a Agricultura que terá ditado a queda de Muhate? Ou sera que no ultimo ano não houve qualquer outro feito de vulto na Agricultura? Ok, mudaram-se os Ministros, mas o que estarão fazendo ou que fizeram os funcionários do MINAG durante o ultimo ano?
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